domingo, 12 de abril de 2020

Cristo Rompeu o silêncio das “pedras”



Cristo Rompeu o silêncio das “pedras”
Prof. Gean Carlos[1]

A Ressurreição de Cristo é o centro da vida da Igreja, é ela que dá sentido a toda a vida cristã. Na Ressurreição opera-se a transformação divina da morte na vida, da vitória da vida sobre a morte. Os homens o conduziram à morte a ação de Deus produz a vida.
Na Ressurreição de Cristo brilha o sentido da morte como passagem para a vida nova. Não nascemos simplesmente para morrer, mas, no entanto, ao morrer, ressuscitamos com Cristo vivo e presente na história. Este é o mistério da Páscoa, o ressuscitado nos envolve, nos faz ressurgir com ele, fazendo com que participemos da sua vida plena e imortal.
Na madrugada daquele primeiro dia, uma nova aurora, cheia de contos, de esperança apareceu. Era Cristo vivo. Ele rompeu o silêncio, a dureza, o vazio existencial, a resistência das pedras. Venceu a solidão que o trancava em seu corpo. Agora Ele está vivo e presente em nosso meio. O egoísmo, a morte, a vaidade, foram abandonadas no silêncio das pedras.
Agora, é tempo de saída, de arrancada, de êxodo de nós mesmos para os outros. É tempo de mostrarmos que somos homens e mulheres da madrugada nova, de um novo dia, de um novo tempo, de Ressurreição, de vida nova transformada. Acabou-se o tempo das ingratidões, das traições, dos fracassos. É hora de anúncios alegres, de felicidades. Chegou o momento oportuno para contagiarmos o mundo através da alegria, da fraternidade, da paz e do Amor.
Somos desafiados a viver cada dia como se fosse o último, de forma plena até a manhã nova e suprema da Ressurreição, pois Cristo vive e está presente em nossas vidas. A Páscoa oferece aos que se afligem e se interrogam sobre o sentido da vida e da história. Ela é a afirmação que o cativeiro, o sofrimento não tem a última palavra sobre a existência, mas a libertação. A morte não detém o sentido das coisas, mas a Vida e a Ressurreição. Assim a história estará sempre aberta, pois depois da Páscoa de Cristo não nos é mais permitido viver tristes. Agora a verdadeira alternativa é a vida e a ressurreição.


[1] Professor, Ecólogo, Filósofo e Teólogo. Palestrante, Consultor e Assessor de Projetos de Formação Humana, Educação e desenvolvimento integral para crianças, jovens e adultos.

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